Antepassados

Jornada dos Sobrenomes: Uma Herança Imaterial e Genealógica de Séculos

A genealogia é mais do que um conjunto de nomes, datas e registros.
É uma travessia pela memória das famílias, um espelho que revela caminhos percorridos, transformações culturais e a riqueza do patrimônio imaterial transmitido de geração em geração.

Ao estudar a trajetória histórica que une, através dos séculos, linhagens que remontam ao tempo de Dom Manuel I até chegar a pesquisadores e descendentes contemporâneos como Eduardo Maschietto, descortina-se um mosaico de sobrenomes — cada qual portador de símbolos, histórias e identidades próprias. Esses nomes não são meras convenções administrativas: são fragmentos vivos da experiência humana.

A Trama Genealógica e os Sobrenomes que a Compõem

A jornada inicia-se nos registros ligados ao nome Aviz, associado a um período decisivo da história portuguesa, marcado por expansão marítima, consolidação política e intensa produção cultural.
A partir daí surgem nomes como Goés e Vasconcelos, representando a fusão de linhagens ibéricas e o encontro de tradições familiares que se cruzaram ao longo dos séculos. A evolução para formas compostas — como Góes e Hollanda Vasconcelos — revela práticas herdadas do Antigo Regime: agregar sobrenomes para preservar heranças, honrar matrimônios e manter viva a memória dos antepassados.

Outras famílias se unem a essa tessitura. Os Cavalcanti de Albuquerque remetem a raízes italianas integradas ao mundo português, os Albuquerque projetam-se no Brasil colonial, enquanto sobrenomes como Coelho, Cavalcanti e Motta acompanham as transformações sociais e geográficas que moldaram a vida luso-brasileira.

Já nomes como Motta de Moraes e Pinto de Moraes evocam a importância das linhagens maternas — frequentemente responsáveis pela transmissão de cultura, valores e tradição.
Em Souza Brito e Souza Franco, vislumbramos conexões com o Brasil oitocentista, suas mudanças políticas e sua vida social pulsante.

Por fim, Sardinha Franco, Franco e, em tempos mais recentes, Maschietto, marcam a continuidade dessa trajetória, representando o movimento natural das famílias ao longo do tempo e a incorporação de novas origens, influências e identidades.